Eu sai do meu quarto naquela noite coberta de sangue e todos no castelo estavam em seus quartos dormindo, eu andava tão silenciosamente que ninguém notaria se eu entrasse em seu quarto, conseguiria beber todo o sangue de seus corpos antes mesmo de acordarem. Eu fui andando em direção ao quarto dos meus pais, era o maior quarto do castelo com uma porta enorme onde nunca tinha entrado e quando parei em frente a porta no mesmo instante ela se abriu e pude ver meu pai e minha mãe sentados com um sorriso no rosto olhando para mim.
- Nossa menina. - meu pai disse se levantando e vindo em minha direção.
- ela é muito parecida com você Satoru. - minha mãe continuou sentada.
- Não, ela tem a sua beleza minha querida, epenas a cor do cabelo ela puxou a mim. - ele estava bem perto e pegou a minha mão e a beijou. - Bem vinda a eternidade minha querida.
- E se eu não quiser isso para mim, eu não tenho escolha?
- você não pode mudar o que você é. - minha mãe disse e se levantou e também veio em minha direção.- Com o tempo vai ser mais fácil, você vai perder esses sentimentos que você tem por eles.
- Eu já não sinto mais... - olhei para minhas mãos que estavam cobertas de sangue. - Eu não sinto culpa por ter matado ela, eu me sinto apenas mais viva.
- Não é pecado não sentir culpa minha querida, seria como eles comerem carne e ficassem pena do animal que mataram. - ele pegou meu queijo e ergueu meu rosto para cima.- Sempre de queijo erguido, você é superior a todos, não olhe para baixo.
- Venha Mizuki, vou te lavar e trocar essas roupas. - ela era muito rápida, pisquei os olhos e ela estava atras de mim, me empurrando para o banheiro de seu quarto.- Eu tenho o vestido perfeito para você, vermelho cor de sangue, vai ficar lindo.
- Mãe não precisa me dar banho, eu faço isso sozinha. - eu a parei quando ela estava tirando minha roupas.
- Eu só queria fazer isso uma vez Mizuki, poder lavar o meu bebe. - ela me soltou e colocou as mãos sobre seu peito. - você não sabe o que não poder pegar seu bebe, não poder chegar perto dele.
- não foi a unica que sofreu, não sabe como é achar que seus pais te odeiam e que nunca se importam com você. - eu olhava em seus olhos e podia ver a tristeza neles, era diferente olhar para ela agora.
- Eu sei como é Mizuki, passei pela mesma coisa com minha mãe a unica diferença é que ela não era uma vampira ela realmente me odiava, eu não nasci como você e seu pai. - ele se virou e saiu do banheiro e as portas se fecharam sozinhas.
Eu a deixei ir, queria ficar sozinha, não estava com vontade de um banho entre mãe e filha como se nada tivesse acontecido, como se aquela noite não tivesse sido um loucura. Abri a torneira e fiquei olhando a água encher a banheira, lavei minha mãos e boca na pia antes de entrar na banheira e quando entrei fui para baixo da água e foi quando notei que eu não estava mais respirando.
Eu sai da banheira e quando olhei no espelho eu via outra pessoa, eu me sentia outra pessoa. Eu olhei para o lado e havia um vestido vermelho longo, era tão lindo, eu o coloquei e quando olhei novamente para o espelho meu cabelo estava seco e perfeito.
- Eu pareço mesmo com minha mãe, mas a cor dos meus cabelos é um branco cinzento como o do meu pai.- senti cede novamente e podia sentir cheiro de sangue vindo do quarto dos meus pais ao lado.
Eu abri a porta do banheiro e os vi sentados no mesmo lugar com taças de vinho, mas dentro delas havia sangue e eles o apreciavam como se foce um bom vinho envelhecido. Quando me aproximei da garrafa onde estava o sangue a sede pareceu aumentar e quando fui pegar a garrafa para beber tudo de uma vez meu pai a pegou e o vi servindo uma outra taça.
- Nós não somos selvagens minha querida, beba com mais elegância. - e então estendeu a taça para mim. - Eu sei que no começo é mais difícil, a cede vem com mais força e mais rapidamente, mas não vou deixar que vire uma selvagem.
- Sente se ao meu lado. - minha mãe disse com a mão estendida em minha direção.
Fui em sua direção e peguei em sua mão e ela me guiou ate seu lado onde me sentei.
- Você ficou deslumbrante com esse vestido, eu soube que ele deveria ser seu quando o vi. - minha mãe disse e passou a mão em meu rosto. - Amanha chegara alguém que queremos que você conheça.
- Quem ?
- A filha de um velho amigo nosso, voces estão prometidas uma a outra. - meu pai estava entusiasmado, podia ver em seus olhos.
- Prometidas, você quer dizer noivas?
- Exatamente, estamos querendo unir nossas famílias a muito tempo e quando ele soube do seu nascimento não pensou duas vezes antes de fazer a proposta. - Ele já tinha decidido tudo sem ao menos me consultar.
- E o Senhor acha que me casarei apenas porque quer unir famílias com seu amigo. - eu estava furiosa com aquilo.
- Não sera obrigada a se casar, seu pai não se casou com ele quando deveria. - ela olhou para meu pai. - ele foi contra sua família para ficar comigo e Hiroshi o ajudou e desde então somos muito amigos da família Fujiwara.
- Então vão apenas se conhecer, eu a conhecia e Naomi é muita linda e gentil, ira gostar dela Mizuki.
- Eu não acho que vou conseguir gostar de outra pessoa tão facilmente.
- você diz isso por causa da baba?- minha mãe segura minha mão. - mas ela não a amava desse jeito querida, ela a amava você como amava suas filhas.
- As filhas dela! onde estão? - eu havia me esquecido que tinha feito um promessa.
- Elas moram com o pai delas, elas devem ter uns 15 anos, não lembra quando ela foi em bora? - minha mãe apertou mais minha mão. - ela foi em bora com medo do que poderia acontecer por ela estar gravida, mas você não parava de perguntar para os empregados onde ela estava, eu a deixei ter a crianças, mas a obriguei a voltar e cuidar de você depois da quilo, ela nunca mais viu suas filhas.
- Eu fui a responsável por isso... e como não me lembro?
- As suas lembranças desse época vão desaparecer com o tempo, logo nem se lembrara mais dela. - meu disse.
- como você se lembra mãe?
- Eu não nasci vampira como voces então essa regra não se encaixa em mim. - ela se aproximou de mim e beijou minha testa. - mas não se culpe, eu que a tirei das filhas não você, já esta amanhecendo melhor ir se deixar e tranque a porta.
- mas ela esta em cima da minha cama...
- não esta mais, vá descansar - meu pai se levantou. - e não esqueça que Naomi chegara em uma semana, eu e sua mãe vamos nos ausentar por um tempo.
- Voces vão me deixar sozinha novamente.
- Não se preocupe temos sangue suficiente para você ficar bem ate voltarmos e Naomi vai te ajudar. - minha mãe se levando e me levantou puxando minha mão. - Você ira ficar bem e não vá atras das crianças da baba, isso trara problemas.
- vou para meu quarto. - eu virei as costas para eles e nem ao menos me despedi, eles iriam fazer novamente isso comigo, me abandonar e desse vez não teria ela para cuidar de mim.- Eu vou atras de suas filhas Asemi.
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